As mudanças no Turismo 4

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Por Nivaldo B. Scrivano

 

 

 

 

 

No final da década de 70 a EMBRATUR criou os programas Turismo Doméstico Rodoviário -TDR e Voo de Turismo Doméstico-VTD, como proposta de incentivo ao Turismo doméstico. Nestes programas as excursões rodoviárias e aéreas tiveram um desconto de 40% nos custos de hospedagem e as aéreas de 40% no custo das tarifas aéreas na baixa temporada e fora dos feriados prolongados.

Houve, realmente, um incremento nas excursões, principalmente as aéreas, que se tornaram acessíveis a uma parcela cada vez maior da população dos centros emissivos.

Face a esta redução de custos das excursões aéreas as excursões rodoviárias iniciaram um declínio lento, mas constante.

No final da década de 70 foi autorizada a constituição de Empresas Aéreas Regionais, para atender a um fluxo crescente de viagens aéreas, a partir das principais Capitais do País, para as cidades menores, dentro dos Estados, criando o denominado SITAR-Sistema Integrado de Transporte Aéreo Regional, com aeronaves de menor custo operacional, estes trechos passaram a se tornar rentáveis e desafogaram os custos das Companhias Aéreas nos voos nacionais entre as Capitais dos Estados.

Ao final da década de 80, com um tráfego aéreo bem consolidado, foi possível modificar os critérios de estabelecimento das tarifas aéreas a serem cobradas dos passageiros, sendo as mesmas, aos poucos liberadas, gerando uma crescente competição entre as Companhias Aéreas, o que favoreceu os Turistas.

Importante ressaltar, no entanto, que as Agências de Turismo, que viviam de suas comissões sobre a venda de Passagens e Excursões, foram vendo suas receitas “per capita” diminuindo, acirrando a concorrência.

Na década de 90 assistimos à desregulamentação total das tarifas aéreas, tanto no Brasil como no restante do mundo. Gradativamente, passou-se a estabelecer as tarifas aéreas em base à ocupação média histórica de assentos e a uma flutuação destas mesmas tarifas em função da proximidade do voo.

Os mesmos critérios passaram a ser utilizados pelas cadeias hoteleiras internacionais e se expandiram para os Hotéis, de forma geral.

Mais uma vez, o Turista saiu beneficiado, passando o poder de negociação, que antes era do Agente de Turismo, às mãos do Turista.

Paralelamente, os meios de comunicação tiveram um desenvolvimento crescente e a Internet passou a ser uma ferramenta nas mãos do Turista para, ele mesmo e com agilidade sem precedentes, passar a negociar diretamente suas viagens com as Companhias Aéreas e os Meios de Hospedagem.

Estes acontecimentos fragilizaram de forma contundente a atuação das Agências de Viagens. No ciclo de negócios elas perderam, e muito, sua importância, tendo reduzido seus tamanhos e quantidade.

Como ficam, então, as Agências de Turismo no século XXI? È o que veremos!!

 

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