Nova pesquisa apoia testes rápidos para retomada segura e eficiente das viagens aéreas

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Por Marcos Arruda

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association) pediu aos governos, após a publicação de uma nova pesquisa da OXERA-Edge Health, que aceitem os mais avançados testes rápidos de antígeno para atender aos requisitos de teste COVID-19.

O relatório da OXERA-Edge Health sobre o estudo solicitado pela IATA mostra que os testes de antígeno oferecem:

  • Precisão: os melhores testes de antígeno fornecem resultados comparáveis aos testes de PCR para a identificação precisa de viajantes infectados. O teste de antígeno BinaxNOW, por exemplo, não detecta apenas um caso positivo entre 1000 viajantes (com base na taxa de infecção de 1% entre os viajantes) e tem desempenho comparável aos testes de PCR nos níveis de falsos negativos.
  • Praticidade: o processamento dos testes de antígeno é 100 vezes mais rápido do que os testes de PCR.
  • O melhor custo: os testes de antígenos são, em média, 60% mais baratos que os testes de PCR.

“A retomada das viagens internacionais vai impulsionar a recuperação econômica após o surgimento da COVID-19. Ao lado das vacinas, os testes ajudarão a garantir aos governos a confiança necessária para reabrir suas fronteiras aos viajantes. Para os governos, a principal prioridade é a precisão. Para os viajantes, a praticidade e custo também são essenciais. O relatório da OXERA-Edge Health relata que os melhores testes de antígeno podem atender a todos esses requisitos. É importante que os governos considerem essas informações enquanto planejam a retomada”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.

  • Opções

Hoje, os requisitos de teste não são padronizados, o que confunde os viajantes. Além disso, muitos governos não permitem testes rápidos. Se as únicas opções disponíveis para os viajantes forem os testes de PCR, os custos serão altos, além das desvantagens e inconveniências. E em algumas regiões do mundo, a capacidade de teste de PCR é limitada, com prioridade corretamente garantida para o uso clínico.

“Os viajantes precisam de opções. A inclusão do teste de antígeno entre os testes aceitáveis certamente fortalecerá a recuperação. E a especificação da UE de testes de antígeno aceitáveis oferece uma boa base para a harmonização internacional mais ampla de padrões aceitáveis. Agora os governos precisam implementar essas recomendações. O objetivo é ter um conjunto claro de opções de teste clinicamente eficazes, financeiramente acessíveis e facilmente disponíveis para todos os viajantes”, disse de Juniac.

  • Custos

Como os testes rápidos não são uma opção para os viajantes atualmente, são criadas fortes barreiras de custo e praticidade. O relatório da OXERA-Edge Health apresentou a seguinte análise:

  • O custo do teste de PCR pode alterar completamente o custo das viagens. Uma família de quatro pessoas que viaja do Reino Unido para as Ilhas Canárias terá que fazer no total 16 testes e gastará cerca de 1.600 libras esterlinas ou 1.850 euros, isto é, um adicional de 160% sobre o valor médio da tarifa aérea para este trecho.
  • Uma viagem de negócios entre Londres e Frankfurt terá aumento de 59% no custo para atender às exigências do teste PCR.
  • A análise mostra que, com base em cinco rotas estudadas (Londres-Nova York, Londres-Frankfurt, Reino Unido-Cingapura, Reino Unido-Paquistão e Manchester-Ilhas Canárias), o impacto do teste de PCR no custo reduzirá a demanda em 65% em média, já o teste de antígeno causaria um impacto de custo na demanda, mas redução seria menor, de 30%.

As barreiras financeiras diminuirão o entusiasmo do viajante, que já mostra certa fraqueza. Em uma pesquisa realizada em fevereiro, 58% dos viajantes disseram que viajarão menos a lazer, depois da contenção da pandemia e 62% dos viajantes a negócios também afirmaram que viajariam com menos frequência.

  • Praticidade

Além de tempos de processamento consideravelmente menores do teste de antígeno em relação ao teste de PCR, o relatório também destacou a escassez de testes de PCR. A atual capacidade adicional de testes de PCR no Reino Unido, por exemplo, cobriria apenas 25% dos níveis de passageiros de 2019. Isso pode causar gargalos quando aumentar o número de passageiros. A inclusão dos testes de antígeno como uma opção aceitável ajudaria a aliviar essa questão.

“Quando as viagens internacionais forem retomadas, o teste provavelmente continuará fazendo parte da estratégia de controle da COVID. O tipo de teste escolhido fará a diferença para a rápida recuperação do setor de viagens. A inclusão de testes rápidos seria uma ótima notícia para a comunidade global de viagens e negócios internacionais, e a nossa pesquisa mostra que o teste rápido pode ser tão eficaz quanto os outros tipos de teste e tão eficaz quanto a quarentena de dez dias”, disse Michele Granatstein, sócia da Oxera e chefe da divisão de pesquisas de aviação.


“Os testes rápidos estão se tornando comuns em ambientes não relacionados a viagens, como escolas e escritórios. Estender o seu uso para o setor de viagens é um passo lógico. A ciência confirma isso. Em condições do mundo real, o teste de antígeno é tão eficaz quanto o teste de PCR na redução do risco de transmissão internacional. Além isso, o custo e a burocracia dos testes de PCR sobrecarregam as famílias e as empresas que desejam viajar. Estas são considerações importantes na preparação para a retomada bem-sucedida”, disse de Juniac.

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